terça-feira, 20 de abril de 2010

Tenho mais medo de não mudar do que da própria mudança.

Esta foi a frase que acabei de ler no texto do blog da Mari, uma amiga brasileira que faz Erasmus aqui em Portugal ( e uma das raras exceções...).

Nossa, essa sou eu. Quantas vezes eu já mudei, fiz coisas que hoje considero precipitadas, por medo de não ser capaz de fazer?

É, EU SOU ASSIM.

Sou essa louca inconformada, que corre atrás do que acredita, vai buscar a felicidade nos lugares mais improváveis. E quebra a cara, vê sonhos desfeitos, saudade aumentada, esperanças partidas.

Mas sou também a louca impaciente que vai agir de novo para ver tudo isso mudar.

Quero dizer, por que nos contentarmos com o medíocre quando podemos fazer muito mais?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

E agora, José?

Ando me questionando muito sobre o que fazer, se devo continuar aqui, por que continuar...

Eu sei, eu moro na Europa, NOSSA! É o terceiro continente em que moro, eu tenho a chance de viajar e conhecer vários países por um preço bem mais acessível...

Mas é fácil se enganar com essa ilusão, né?! Tudo aqui é mais caro, porque é três vezes o valor da nossa moeda, então viajar todo fim de semana, para quem realmente MORA aqui, é praticamente impossível.
A não ser que você seja muito rico, ou um aluno Erasmus, cujo pai ajuda do Brasil e quis que você tirasse seis meses ou um ano inteiro só para conhecer a Europa, não importando se você frequenta as aulas da universidade estrangeira (desculpem, Pais de todo o Brasil, mas os seus filhos aqui na UP não vão às aulas, não fazem os trabalhos e deixam tudo nas mãos dos camaradas brasileiros que estudam em tempo integral na Europa e devem satisfações aos professores -salvo raríssimas exceções).

Na verdade, eu sinto que, no Brasil, a Comunicação, minha área de interesse, tem outro impulso, outra vida, outra, para ser sincera mesmo, QUALIDADE.

Não se enganem! Embora a Europa seja o tão sonhado primeiro mundo, nós, reles terceiro mundo para eles (que, aliás, sabem quase nada do Brasil, além do samba e das telenovelas), estamos muito à frente na Publicidade, nos telejornais, nos impressos...só me questiono nos onlines, porque os jornais portugueses têm uma estrutura online muitíssimo interessante. E só.

Não gosto de textos jornalísticos escritos em português de Portugal - geralmente são bastante redundantes e têm o lead mais esquisito do mundo - muito provavelmente porque não há a disciplina de redação na faculdade (WTF?!). E isso me faz uma falta. Eu tenho saudades do meu professor de Redação I, Hélio Schuch. JURO. E tenho saudades das aulas de foto, diagramação, várzea, pão de queijo com toddynho, ficar até de madrugada terminando trabalhos, correrias da segunda-feira do Bola na Trave, fofocas no Ilha Razzoli...

Ao mesmo tempo, amo a segurança do Porto, as noites agitadas/seguras de Lisboa, o lirismo de Guimarães, o estúdio lindinho em que moro, a minha amiga paulista louca e reclamona e até consigo gostar um pouquinho dos meus colegas universitários portugueses , embora a grande maioria seja MUITO preconceituosa e até mesmo ignorante, o sotaque e as observações ''geniais" sobre o Brasil nas aulas de Ética têm muita piada.

Afinal, eu queria chegar em algum lugar depois de todo esse desabafo. Mas acho que não cheguei em lugar nenhum. Continuo pensando, pensando, pensando e pensando para onde ir...
Mas acho que agora eu vou mesmo só dar uma corridinha para desestressar.

Beijos.